... esse amor a deixaria confinada ao reino dos tolos e simplórios, dos cristãos com violões acústicos ou das mulheres cordatas que optam por continuar sendo teúdas e manteúdas em troca da inocuidade. Todavia esse amor indiscriminado lhe parece totalmente sério, como se tudo no mundo fizesse parte de uma vasta e inescrutável intenção e tudo no mundo tivesse seu próprio nome secreto, um nome que não pode ser transmitido por nenhuma linguagem e que é simplesmente a visão e a sensação da própria coisa. Esse fascínio sólido e permanente é o que considera como sendo sua alma (palavra constrangedora, sentimental, mas de que outra forma chamá-la?); a parte que talvez, quem sabe, sobreviva à morte do corpo.
Mrs. Dalloway - AS HORAS - Michael Cunningham
Um comentário:
amo Mrs. Dalloway ! hihihihhihih, estamos mesmo em sintonia Cyça! que saudade!!!
Postar um comentário