Uma das peças mais esperadas do Festival
Fala Comigo Como a Chuva
Rodrigo Novak
Fala Comigo Como a Chuva é a adaptação da obra “Talk to me like the rain and let me listen” do dramaturgo estadunidense Tennessee Williams. A peça é interpretada pela companhia Teatro Adulto de Belo Horizonte, de maneira esplendorosa e forte como as coisas ouvidas com a chuva.
Mulher (Samira Ávila) espera aflita seu marido (Luiz Arthur). Em mãos um romance devorado de maneira afoita, e de tempos em tempos grandes gargaladas de água ao som de música francesa. O marido chega bêbado, lhe dá um beijo de maneira forçada e vai dormir. Conversa não existe e o clima de discussão é eminente. Na manhã seguinte enquanto ele descreve suas façanhas do dia anterior, ela começa a falar de seu dia também, com um diferencial, este aborda toda sua vida.
O cenário é feito de lona ao fundo onde começa a escorrer água. A mulher em seu momento prévio de libertação planeja sua nova vida aos berros. E a água escorrendo, em momentos de silêncio o barulho obtido é como as gotas de água que batem na janela em dias chuvosos. O término deles é tempestuoso, ela reprimida a vida toda é selvagem. Talvez pela primeira vez ela tenha o controle de sua vida, o cenário começa a alagar e eles ali imersos em água e desejos. A gente se sente afundando junto, a peça é totalmente sensorial,
Rodrigo Novak
Fala Comigo Como a Chuva é a adaptação da obra “Talk to me like the rain and let me listen” do dramaturgo estadunidense Tennessee Williams. A peça é interpretada pela companhia Teatro Adulto de Belo Horizonte, de maneira esplendorosa e forte como as coisas ouvidas com a chuva.
Mulher (Samira Ávila) espera aflita seu marido (Luiz Arthur). Em mãos um romance devorado de maneira afoita, e de tempos em tempos grandes gargaladas de água ao som de música francesa. O marido chega bêbado, lhe dá um beijo de maneira forçada e vai dormir. Conversa não existe e o clima de discussão é eminente. Na manhã seguinte enquanto ele descreve suas façanhas do dia anterior, ela começa a falar de seu dia também, com um diferencial, este aborda toda sua vida.
O cenário é feito de lona ao fundo onde começa a escorrer água. A mulher em seu momento prévio de libertação planeja sua nova vida aos berros. E a água escorrendo, em momentos de silêncio o barulho obtido é como as gotas de água que batem na janela em dias chuvosos. O término deles é tempestuoso, ela reprimida a vida toda é selvagem. Talvez pela primeira vez ela tenha o controle de sua vida, o cenário começa a alagar e eles ali imersos em água e desejos. A gente se sente afundando junto, a peça é totalmente sensorial,
e o final digno de uma música de Chico Buarque.
Espetáculo retrata universo de jovem casal contemporâneo
Contemplada com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2007, a Companhia Teatro Adulto chega a Varginha com o espetáculo Fala comigo como a chuva, texto do dramaturgo americano Tennessee Williams. A peça conta com o patrocínio da PETROBRAS, por meio da Lei Rouanet, e da USIMINAS, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. O público poderá conferir a peça dia 05 de setembro, sexta, às 20h30min, no Teatro Mestrinho.
O espetáculo marca a estréia de Cynthia Paulino na direção, que também assina a Direção de Arte - Cenário e Figurino - ao lado do artista plástico e designer Paolo Mandatti. No elenco, Luiz Arthur e Samira Ávila dividem o palco.
A partir de um recorte da vida de um jovem casal em um pequeno quarto, sonho e realidade pontuam falas, silêncios e desejos. Do lado de fora, há um céu cinzento carregado de uma chuva que ainda não começou a cair. Entre eles, a situação-limite de uma relação, uma condição de incomunicabilidade que parece inalterável. Até que a chuva cai e os universos pessoais de cada um começam a ser revelados.
Fala comigo como a chuva coloca o público bem próximo dos atores para acompanhar de perto uma fração da vida desse jovem casal, que é contemporâneo e universal. “Nossa intenção é que a platéia se envolva e se identifique naquele homem e naquela mulher", afirma Cynthia Paulino.
Os personagens, atemporais, irão expor sua dor e suas desilusões humanas, mas também vão relembrar momentos doces, amorosos ou que, talvez, não passem apenas de vislumbres.
A peça integra uma coleção de “short plays” de Tennessee Williams, na qual mais que contar uma história, o autor busca focar uma curta e pontual situação dramática, expondo, desta maneira, toda uma condição humana e o universo existencial de seus personagens.
Espetáculo retrata universo de jovem casal contemporâneo
Contemplada com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2007, a Companhia Teatro Adulto chega a Varginha com o espetáculo Fala comigo como a chuva, texto do dramaturgo americano Tennessee Williams. A peça conta com o patrocínio da PETROBRAS, por meio da Lei Rouanet, e da USIMINAS, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. O público poderá conferir a peça dia 05 de setembro, sexta, às 20h30min, no Teatro Mestrinho.
O espetáculo marca a estréia de Cynthia Paulino na direção, que também assina a Direção de Arte - Cenário e Figurino - ao lado do artista plástico e designer Paolo Mandatti. No elenco, Luiz Arthur e Samira Ávila dividem o palco.
A partir de um recorte da vida de um jovem casal em um pequeno quarto, sonho e realidade pontuam falas, silêncios e desejos. Do lado de fora, há um céu cinzento carregado de uma chuva que ainda não começou a cair. Entre eles, a situação-limite de uma relação, uma condição de incomunicabilidade que parece inalterável. Até que a chuva cai e os universos pessoais de cada um começam a ser revelados.
Fala comigo como a chuva coloca o público bem próximo dos atores para acompanhar de perto uma fração da vida desse jovem casal, que é contemporâneo e universal. “Nossa intenção é que a platéia se envolva e se identifique naquele homem e naquela mulher", afirma Cynthia Paulino.
Os personagens, atemporais, irão expor sua dor e suas desilusões humanas, mas também vão relembrar momentos doces, amorosos ou que, talvez, não passem apenas de vislumbres.
A peça integra uma coleção de “short plays” de Tennessee Williams, na qual mais que contar uma história, o autor busca focar uma curta e pontual situação dramática, expondo, desta maneira, toda uma condição humana e o universo existencial de seus personagens.
Cenário intimista garante proximidade do público:
O cenário é intimista e assume a função de personagem na cena, dialogando com a encenação, atores e dramaturgia. A restrição de espaço e a interação fazem com que o público se sinta dentro do universo dos personagens. “Os atores agem, reagem e interagem com o cenário, como se esse fosse um terceiro elemento da relação", explica a diretora.
Sobre os personagens:
Com monólogos paralelos, os personagens não têm nomes, são arquétipos de casais contemporâneos. Segundo a diretora, os atores tiveram cuidado em não cair em estereótipos: “são pessoas que podem ser encontradas na família, entre os amigos ou na vizinhança.”
Luiz Arthur conta que seu personagem não tem planos para a vida, não trabalha e parece não ter vontade de mudar a sua situação. “Apesar do intenso diálogo, eles não conseguem se comunicar", conta o ator, que também está em cartaz nos cinemas,
O cenário é intimista e assume a função de personagem na cena, dialogando com a encenação, atores e dramaturgia. A restrição de espaço e a interação fazem com que o público se sinta dentro do universo dos personagens. “Os atores agem, reagem e interagem com o cenário, como se esse fosse um terceiro elemento da relação", explica a diretora.
Sobre os personagens:
Com monólogos paralelos, os personagens não têm nomes, são arquétipos de casais contemporâneos. Segundo a diretora, os atores tiveram cuidado em não cair em estereótipos: “são pessoas que podem ser encontradas na família, entre os amigos ou na vizinhança.”
Luiz Arthur conta que seu personagem não tem planos para a vida, não trabalha e parece não ter vontade de mudar a sua situação. “Apesar do intenso diálogo, eles não conseguem se comunicar", conta o ator, que também está em cartaz nos cinemas,
com o filme 5 Frações de Uma Quase História.
Já Samira Ávila interpreta uma mulher comum, solitária, que se encontra em um estado-limite e que vislumbra uma tentativa de mudança. “Ela enfrenta dificuldades em se ajustar ao mundo, parece que quer `apagar a sua identidade’ e criar outra. Sonha em deixá-lo, mas está enraizada, presa em uma condição", afirma a atriz.
Tennessee Williams
Nasceu nos Estados Unidos, em 1911. Depois de estudar em diversas universidades, trabalhou por algum tempo numa fábrica de sapatos e, em 1938, licenciou-se em arte dramática pela Universidade de Iowa, estreando na Broadway, em 1945, com À Margem da Vida, sobre a decadência de uma aristocrática família do sul dos EUA.
Autor de argumentos cinematográficos, contos, romances e poemas, ficou conhecido pelos seus diálogos envolventes, poéticos e cheios de simbolismo. Transmitiu vividamente as tensões sexuais, a desintegração pessoal e a violência reprimida de seus personagens, em geral, seres solitários e instintivos, como bêbados, vagabundos, operários massacrados, mulheres resignadas, homossexuais perseguidos, damas em decadência, prostitutas feridas, virgens irracionais, entre outros indivíduos que não encontram o seu lugar na sociedade.
O teatro de Tennessee está ligado ao realismo psicológico. Do ponto de vista formal, Williams trouxe à ação elementos sensitivos, como a música, a luz e a simbologia da cor. Nas suas obras, muitas delas tendo o sul dos Estados Unidos como cenário, demonstrou uma visão pessimista do universo e da natureza humana. Solidão, marginalidade, violência, culpa, decadência, sensualidade, desejo, nostalgia e sexualidade reprimida são os assuntos mais abordados pelo dramaturgo. Ganhou Prémios Pulitzer com “Um bonde chamado desejo” e “Gata em teto de zinco quente". Faleceu em 1983.
Companhia Teatro Adulto
Desde 1997, a Companhia Teatro Adulto produz espetáculos em Belo Horizonte. Com o passar do tempo focou seu trabalho na pesquisa sobre a restrição do espaço de atuação para dilatar a essência dos detalhes que compõem sua criação cênica. O texto de Fala comigo como a chuva tem, em sua estrutura dramática, o mote que fez desta realização da Companhia a mais radical.
Neste projeto, a Cia de Teatro Adulto contou com a parceria de profissionais com trajetória reconhecida como a da atriz e bailarina Mônica Ribeiro, que assina a preparação corporal e da “light designer” Telma Fernandes, que assina o desenho de luz.
Equipe
Já Samira Ávila interpreta uma mulher comum, solitária, que se encontra em um estado-limite e que vislumbra uma tentativa de mudança. “Ela enfrenta dificuldades em se ajustar ao mundo, parece que quer `apagar a sua identidade’ e criar outra. Sonha em deixá-lo, mas está enraizada, presa em uma condição", afirma a atriz.
Tennessee Williams
Nasceu nos Estados Unidos, em 1911. Depois de estudar em diversas universidades, trabalhou por algum tempo numa fábrica de sapatos e, em 1938, licenciou-se em arte dramática pela Universidade de Iowa, estreando na Broadway, em 1945, com À Margem da Vida, sobre a decadência de uma aristocrática família do sul dos EUA.
Autor de argumentos cinematográficos, contos, romances e poemas, ficou conhecido pelos seus diálogos envolventes, poéticos e cheios de simbolismo. Transmitiu vividamente as tensões sexuais, a desintegração pessoal e a violência reprimida de seus personagens, em geral, seres solitários e instintivos, como bêbados, vagabundos, operários massacrados, mulheres resignadas, homossexuais perseguidos, damas em decadência, prostitutas feridas, virgens irracionais, entre outros indivíduos que não encontram o seu lugar na sociedade.
O teatro de Tennessee está ligado ao realismo psicológico. Do ponto de vista formal, Williams trouxe à ação elementos sensitivos, como a música, a luz e a simbologia da cor. Nas suas obras, muitas delas tendo o sul dos Estados Unidos como cenário, demonstrou uma visão pessimista do universo e da natureza humana. Solidão, marginalidade, violência, culpa, decadência, sensualidade, desejo, nostalgia e sexualidade reprimida são os assuntos mais abordados pelo dramaturgo. Ganhou Prémios Pulitzer com “Um bonde chamado desejo” e “Gata em teto de zinco quente". Faleceu em 1983.
Companhia Teatro Adulto
Desde 1997, a Companhia Teatro Adulto produz espetáculos em Belo Horizonte. Com o passar do tempo focou seu trabalho na pesquisa sobre a restrição do espaço de atuação para dilatar a essência dos detalhes que compõem sua criação cênica. O texto de Fala comigo como a chuva tem, em sua estrutura dramática, o mote que fez desta realização da Companhia a mais radical.
Neste projeto, a Cia de Teatro Adulto contou com a parceria de profissionais com trajetória reconhecida como a da atriz e bailarina Mônica Ribeiro, que assina a preparação corporal e da “light designer” Telma Fernandes, que assina o desenho de luz.
Equipe
Cynthia Paulino: Fundadora da Companhia Teatro Adulto em 1996, a premiada atriz, figurinista, professora de teatro da PUC-Minas e do programa Valores de Minas e, agora, diretora, Cynthia Paulino integrou a Odeon Companhia Teatral de 2004 até este ano, participando dos principais espetáculos da Companhia de Carlos Gradim, entre eles “Amor e Restos Humanos", “A Falecida", “Quando você não está no céu” e “Servidão". Assinando a Direção de Arte de “Fala comigo como a chuva” com o designer Paolo Mandatti, iniciam parceria com a “Linda Ataka!", Companhia que pretende transitar entre a moda, a música, as artes plásticas e o teatro. É integrante da banda pop-experimental Blue Bitch.
Luiz Arthur: Na TV, o diretor e ator Luiz Arthur já trabalhou na minissérie JK e “Belíssima", da TV Globo e Fascinação, do SBT. Seu último papel no cinema foi no longa “5 Frações de uma Quase História", em cartaz. Recebeu nove premiações na direção e atuação de diversos espetáculos, entre eles “A Morte de DJ em Paris", “Noites Brancas” e “Servidão". É fundador da Companhia Teatro Adulto e diretor da Cia. Móvel de Teatro, do UNI-BH, além de professor de teatro da PUC-Minas.
Samira Ávila: Integrou a Odeon Companhia Teatral e também fundou e integrou o Grupo Espanca!, sendo criadora-intérprete dos espetáculos “Por Elise” e “Amores Surdos". Integrou o Grupo Oficcina Multimédia, com o espetáculo “A Casa de Bernarda Alba". Também está em cartaz nos cinemas no filme 5 Frações de uma Quase História e atua como coordenadora e professora de Teatro do programa de arte-educação Valores de Minas. Atualmente faz Mestrado da Faculdade de Letras da UFMG, pesquisando Performance. É integrante da banda pop-experimental Blue Bitch.
Paolo Mandatti: O artista plástico e designer de moda, Paolo Mandatti, trabalhou como figurinista nos espetáculos Quando o Peixe Salta, Amores Surdos, Por esta porta estar fechada, as outras tiveram que se abrir, entre outros. Como designer de moda, fez trabalhos para a Patachou, Disritmia e Coven. Expôs suas obras no Itaú Cultural, Centro Cultural UFMG, Centro de Cultura de Belo Horizonte, entre outros locais. É parceiro com a atriz Cynthia Paulino da “Linda Ataka!” e integrante da banda pop-experimental Blue Bitch.
Fonte:http://www.varginhaonline.com.br/noticias/exibe_noticia.asp?ID=13873
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