Invasão teatral
Fringe, mostra paralela do Festival de Curitiba, começa amanhã com peças de 15 estados brasileiros
Fringe, mostra paralela do Festival de Curitiba, começa amanhã com peças de 15 estados brasileiros
Publicado em 17/03/2009 Luciana Romagnolli
A Mostra Contemporânea só tem início na quinta-feira (19), mas o 18º Festival de Curitiba toma as ruas da cidade um dia antes. Amanhâ, às 10 horas, o espetáculo de rua Do Alto do Seu Encanto, vindo de São José dos Campos (SP), inaugura a programação do Fringe, nas Ruínas de São Francisco. Chega sem referências, disposto a conquistar a atenção dos passantes. Situação parecida com a da maior parte das cerca de 280 peças que compõem a mostra paralela, muitas desconhecidas, apostando na sorte e no boca-a-boca como estratégias para encher plateias.
Duas horas depois, ao meio-dia, já serão oito as atrações em cartaz simultaneamente.
Duas horas depois, ao meio-dia, já serão oito as atrações em cartaz simultaneamente.
Opções como Delicado Encanto, que o diretor paranaense Andy Gecker estreia no Teatro Novelas Curitibanas. Ou a homenagem à artista visual Efigênia Ramos Rolim, Papel Amassado, Sonho Revelado, vinda de São Bernardo do Campo (SP) para o Mini-Guaíra. Ou ainda Amêsa, que os baianos da Cia Teatro da Gente, grupo premiado localmente, apresentam na Sala Londrina. O texto é do autor angolano José Mena Abranches, publicado em Portugal.
África
Também de Angola é a montagem de Kimpa Vita, A Profetisa Ardente, apresentada pelo Grupo Elinga, que traz na bagagem uma tradição de 20 anos de teatro em Luanda. Eles contam a história de uma africana que pensava ser Santo Antônio e acabou queimada pela Inquisição, também na Sala Londrina, a partir do dia 23, às 12 horas. Um raro participante internacional no Fringe.
O radar de boas produções brasileiras que podem despontar no evento aponta para Fala Comigo como a Chuva, espetáculo mineiro da Companhia Teatro Adulto, ganhador do Prêmio Myriam Muniz, com texto de Tennessee Williams. “Lindíssimo”, segundo a editora de cultura do jornal mineiro O Tempo, Silvana Mascagna. Entra em cartaz no Teatro Cleon Jacques dia 22, às 21h30. Mais cedo, às 17h30, o grupo estreia no mesmo local outra montagem, A Morte de DJ em Paris, baseada no conto homônimo de Roberto Drummond (de Hilda Furacão), que ganhou o Jabuti em 1975 e integra a coletânea Melhores Contos Brasilerios do Século.
Na Casa Vermelha, além da premiada A Coleira de Bóris, vale conferir o Complexo Sistema de Enfraquecimento Humano, com trilha original de Patrick Grant, do The Living Theater. Ambas de São Paulo.
De longe
O Nordeste comparece com obras como a sergipana O Santo e a Porca, do Grupo Oxente de Teatro, que adaptou Ariano Suassuna com sucesso e tem viajado bastante com a montagem.
As participantes curitibanas são muitas. Só a Cia Máscaras de Teatro apresenta mais de 20, aproveitando para resgatar as peças de seu repertório que têm mais apelo de público, e estreando outras, como Drácula e a Dança dos Vampiros, uma sátira ao filme de Roman Polanski, e Apocalipse – Por Que o Mundo Não Acabou.
Pagu Leal escreve e dirige Melan & Colia, uma comédia dramática sobre o risco que o estado pode oferecer aos cidadãos que não assumirem suas responsabilidades políticas.
E os jovens grupos locais se concentram em dois aglomerados. O Coletivo Pequenos Conteúdos se instala no TUC. E Acruel Companhia de Teatro, a Cia. Provisória, o Heliogábulus, a Companhia Silenciosa e A Armadilha Cia. de Teatro se encontram na mostra Novos Repertórios, no Teuni.
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O Nordeste comparece com obras como a sergipana O Santo e a Porca, do Grupo Oxente de Teatro, que adaptou Ariano Suassuna com sucesso e tem viajado bastante com a montagem.
As participantes curitibanas são muitas. Só a Cia Máscaras de Teatro apresenta mais de 20, aproveitando para resgatar as peças de seu repertório que têm mais apelo de público, e estreando outras, como Drácula e a Dança dos Vampiros, uma sátira ao filme de Roman Polanski, e Apocalipse – Por Que o Mundo Não Acabou.
Pagu Leal escreve e dirige Melan & Colia, uma comédia dramática sobre o risco que o estado pode oferecer aos cidadãos que não assumirem suas responsabilidades políticas.
E os jovens grupos locais se concentram em dois aglomerados. O Coletivo Pequenos Conteúdos se instala no TUC. E Acruel Companhia de Teatro, a Cia. Provisória, o Heliogábulus, a Companhia Silenciosa e A Armadilha Cia. de Teatro se encontram na mostra Novos Repertórios, no Teuni.
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Serviço
18º Festival de Curitiba. Fringe, de 18 e 29 de março. R$ 50 a entrada franca. Ingressos à venda na bilheteria central instalada no Shopping Mueller
18º Festival de Curitiba. Fringe, de 18 e 29 de março. R$ 50 a entrada franca. Ingressos à venda na bilheteria central instalada no Shopping Mueller
(R. Candido de Abreu, 219), pelo callcenter 4003-1212 ou pelo site http://www.ingressorapido.com.br/. Estudantes, maiores de 60 anos, associados ao Sated, clientes Itaú e clientes Unibanco terão direito a descontos não-cumulativos.
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