"Andei deveras surdo e insensível! - disse de si para si, enquanto avançava rapidamente pela estrada - "Quem se puser a decifrar um manuscrito, cujo significado lhe interessar, tampouco menosprezará os sinais e as letras, qualificando-os de ilusão, de casualidade, de invólucro vil, senão os lerá, estuda-lo-á, ama-los-á, letra por letra. Eu, porém, que almejava ler o livro do mundo e o livro da minha própria essência, desprezei os sinais e as letras, em prol de um significado que lhes atribuía de antemão. Chamei de ilusão o mundo dos fenômenos. Considerei meus olhos e minha língua apenas aparentes, casuais, desprovidos de valor. Ora, isso passou. Despertei. Despertei de fato. Nasci somente hoje."
...
o rio se encontra ao mesmo tempo em toda a parte, na fonte tanto como na foz, nas cataratas e na balsa, nos estreitos, no mar e na serra, em toda a parte, ao mesmo tempo; para ele há apenas o presente, nenhuma sombra de passado nem de futuro. (...) Nada foi, nada será; tudo é, tudo tem existência e presente
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toda vida é indestrutível e cada instante, eterno.
SIDARTA - Hermann Hesse
AMOR E DESEJOS DE UM FELIZ 'PRESENTE' PARA TODOS.
2009!
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
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