sábado, 7 de fevereiro de 2009


(...)

Vê só:

Eu não te olho com o teu olho que sabe

que quase tudo em ti é transitório.

Meu olho-liquidez

descobre uma tarde esvaída,

tarde-madrugada

Tempo alongado onde te fizeste em viuvez.

Não perdeste a mulher ou o homem que amavas.

Amamos tanto

E a perda é cotidiana e infinita.

(Ária amaríssima de um instante/Hilda Hilst)

Nenhum comentário: