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(...)
Vê só:
Eu não te olho com o teu olho que sabe
que quase tudo em ti é transitório.
Meu olho-liquidez
descobre uma tarde esvaída,
tarde-madrugada
Tempo alongado onde te fizeste em viuvez.
Não perdeste a mulher ou o homem que amavas.
Amamos tanto
E a perda é cotidiana e infinita.
(Ária amaríssima de um instante/Hilda Hilst)
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